Às vezes, ainda me pego cantarolando –lárái lárái lárái / lárái, lárím, lárám , a mais bela canção do cinema de todos os tempos, feita para o maior filme de todos os tempos! A cena de Sam, interpretado por Dooley Wilson, tocando e, sob pressão de Ilsa, interpretada pela atriz Ingrid Bergman, cantando As time goes by é uma das mais conhecidas do cinema e faz parte do filme Casablanca de 1942.
Casablanca, cidade situada na Marrocos francesa, é usada como rota para aqueles que fugiam do nazismo rumo á América. Lá também há o Rick´s Bar de Rick Blaine, e quem dá vida a este personagem é o ator Humphrey Bogart.
E é no Rick´s que a cena acima acontece. Ao final da cena, quando Rick vai até Sam dizendo que já o havia proibido de tocar aquela música, ele se depara com Ilsa. Os dois se apaixonaram em Paris algum tempo antes, mas debaixo do bombardeio nazista sob a capital francesa acabaram se desencontrando, muito embora, mais por causa de um bilhete que das bombas.
Assisti a Casablanca, pela primeira vez, há cerca de uns 8 anos, de lá para cá, já repeti este feito, pelo menos umas cinco vezes, a última há pouco mais de um ano e cada vez que vejo é como se fosse a primeira. Os diálogos são primorosos, a interpretação de ambos é de tirar o fôlego, e se não bastasse isso, as cenas do cinismo de Rick valem boas risadas.
A história de amor de Rick e Ilsa leva o filme um desfecho que os “românticos” de hoje não entenderiam. Não posso ir a fundo, para não estragar o deleite dos poucos corajosos que, depois deste post, se aventurarão a assistir um filme que tem mais de 65 anos, mas que é o mais belo produto da sétima arte já produzido até hoje.
Àqueles que se aventurarem peço duas coisas: primeiro prestem atenção às frases –há muitas frases de efeito neste filme; segundo coloquem seus comentários no blog e se puderem (e quiserem) respondam: Alguém nos dias de hoje seria capaz de ter a mesma atitude de Rick?
Segue a letra de As time goes by composição de Herman Hupfeld e o vídeo para verem esta cena maravilhosa.
As Time goes by
You must remember this
A kiss is still a kiss
A sign is just a sign
The fundamental things aplly
As time goes by
And when two lovers woo
They still say I love you
On that you can rely
No matter what the future brings
As time goes by
Moonlight and love songs never out of date
Hearts full of passion, jealousy and hate
Woman needs man
And man must have his mate
That no one can deny
It is still the same old story
The fight for love and glory
A case of do or die
The world will always welcome lovers
As time goes by
Ficha Técnica
Título Original: Casablanca
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1942
Estúdio: Warner Bros.
Distribuição: Warner Bros. / Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch, baseado em peça de Murray Burnett e Joan Alison
Produção: Hal B. Wallis
Música: M.K. Jerome, Jack Scholl e Max Steiner
Direção de Fotografia: Arthur Edeson
Direção de Arte: Carl Jules Weyl
Figurino: Orry-Kelly
Edição: Owen Marks
(Denis Silva)
[…] primeiras (não em ranking) de cada uma destas artes. Primeiro Casablanca , do qual já falei em https://movimentoculturalgaia.wordpress.com/2009/07/21/play-it-again-sam/ o segundo Cem Anos de Solidão, que teve para mim, talvez, o mesmo efeito que A Metamorfose, de […]
Olá Karina, obrigado pelo comentário. Estamos medida do possível e dentro do conhecimento de cada membro tentando colocar material que agrade aos leitores do blog.
Denis Silva
Parabéns pelo post e pela iniciativa, encontrei o blog de vocês por acaso, mas adorei.
Postem algo sobre Garcia Marquez, adoro ele!
Muito legal esta iniciativa
Karina (Jaboatão dos Guararapes -PE)
Visite-nos mais vezes, Karina!
vc tem algum blog?
Sensacional.
Diretório Acadêmico Denis Silva
“Hasta la victoria siempre”
Ouviria Bossa Nova, teria lutado contra a ditadura e hoje seria um mártir cujo corpo nunca teria sido localizado e que daria nome a algum DA.
Ah, então conste que V. Sa. gostaria de ter nascido nos EUA, é claro…
rs
E se vc nascesse em 1950, no Brasil mesmo?
Ah quanto a época eu queria ter nascido na década de 1950, pegaria o nascimento do rock, viveria a adolescência ouvindo Beatles e Bob Dylan, e teria ido a Woodstock!!!
Imagina ligar o rádio e ouvir: Doors, Janis, Hendrix, Eric Clapton, Pink Floid – hoje toca Fresno e NX Zero.
E você ainda pergunta se eu queria ter nascido em outra epoca? Claro!
Mas eu ainda peguei Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial (nos bons tempos), U2, Morrissey (Smiths) e R.EM não posso me queixar tanto!
(Denis)
Eu confesso que não era uma grande fã de filmes antigos, mas uma ex-namorada me deu um dia a Noviça Rebelde para assistir. Nessa mesma epoca, por um acaso as Lojas Americanas estava distribuindo um livreto com todos os vencedores do Oscar de melhor filme e então comecei a pegar alguns deles para ver, e uma coisa leva a outra, acabei assistindo a filmes vencedores do Oscar de filme estrangeiro, e aí foi…
É uma pena que os filmes que passaram este ano para assistirmos na faculdade(com execão do Espanglês) foi só para matar o tempo, sem comentários e discussões.
Assista Carol, você não irá se arrepender!!!
Bogart, Ingrid Bergman, “As Time Goes By”…
Tem de tudo mesmo pra se tornar um dos melhores filmes já feitos.
Desperta até um saudosismo, de uma época que não volta, que não vivemos, mas temos saudades. Ou vai dizer que você nunca disse que queria ter nascido em outr época? Acho que é alguma coisa com o clima, o glamour, ou um efeito da lente em PB mesmo.
Denis, quando for assistir novamente, lembre daquilo que o Orson Welles falava sobre o close: que câmera aberta é leveza e câmera fechada é seriedade. Acho que é isso.
Abraços pro cinéfilo de fim-de-semana!
Lucas
Vai vendo seu lucas, eu aqui matando a saudade do Blog (aguardando ansiosamente o visitante 50 mil, quem diria hem?) e eis que me deparo com você falando de Orson Welles, na última semana assisti a dois filmes com ele, sendo um deles onde ele atua, escreve e dirige. Se não assistiu e puder assista. O Terceiro Homem (Argumento de Grham Greene) e O Processo (da obra do Kafka)
Denis,
Seu post conseguiu cativar-me.
Vou assistir ao filme.