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Posts Tagged ‘Mitologia’

Algumas considerações…

Por: Nathaly Felipe Ferreira Alves

Personagem que figura a mitologia egípcia, grega e babilônica a Esfinge é sinônimo de força, de poder, mas também de mistério, introspecção e autoconhecimento.

Antes de continuarmos nossa exposição das principais figuras da mitologia egípcia, gostaríamos de refletir, ainda que minimamente, sobre o que, afinal, representa a mitologia. Ousamos também entender quais seriam seus possíveis propósitos.

A gênese de todos os mitos perde-se nas brumas do tempo. Não se pode dizer exatamente de onde essas histórias realmente advêm. E, apesar de magníficas, geralmente tais narrativas não são “palpáveis”, na medida em que gravitam na órbita do maravilhoso, do onírico, do mágico. Justamente por este motivo, de maneira geral, a mitologia não agasalha as tais “verdades científicas”, porque transportá-la ao real seria como destituí-la de todo o seu encanto.

Se não sabemos sua origem, podemos saber sua função?

Para que servem os mitos? Além de possuirem, como já mencionamos, um cunho totalmente imaginoso, capaz de nos levar às viagens mais incríveis do gênio humano, capaz de nos maravilhar, a mitologia aborda os temas ocultos, parcamente compreendidos pela razão.

Mas… tentemos entender o valor da mitologia para os nossos ancestrais. Tarefa árdua, uma vez que não podemos voltar aos primórdios dos tempos da criação destas histórias, tampouco possuimos  a visão dos antigos. Podemos, contudo, promover uma tentativa, desde que nos inclinemos à visão de outrora. Imparcialidade? Não. Não podemos alcançá-la. Mas, se pudermos ao menos entender o pensamento dos antigos, com o ideário deles (fazendo isso com o mínimo de pesquisa e desprendimento às considerações “modernas”, bem como sem o preconceito proveniente da falta de consciência histórica, por assim dizer) talvez possamos entender a função dos mitos.

Remetendo nosso pensamento à Antiguidade, os mitos não indicariam algo considerado falso (afinal, hoje em dia, esse é um dos sinônimos da palavra), senão o código segundo o qual as divindades transmitiam sua linguagem e seus ensinamentos à humanidade. Por meio deles, desta forma, seria possível estabelecer uma real conexão com os imortais, aprendendo com eles.

Entendendo as condições criativas e criadoras dos mitos, pensemos: por que a mitologia apresenta uma linguagem na maioria das vezes ambígua? Seguindo a linha de aprendizado que o mito nos proporciona, não aprendizado moral, mas essencial, podemos sugerir que a humanidade precisa aprender a interpretar para encontrar o seu próprio caminho. Nenhum deus, portanto, poderia falar diretamente com um indivíduo humano. Este precisa deixar-se levar pela névoa do mito, pelo mundo mágico do mito para entender o mundo real. Conhecer as possibilidades.

Encarando os mitos desta forma, compreendemos porque eles não precisam competir com a ciência, por exemplo. A mitologia nos mostra os mistérios da vida, narrando nossos dramas existenciais coletivos e individuais. Traduzem nossas alegrias e tristezas, enfim… Enquanto criação humana, a mitologia canaliza todos os nossos anseios e medos e nos ensina a enfrentar os nossos dragões.

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Por: Nathaly Felipe Ferreira Alves


A civilização egípcia  que se manteve ativa por mais de três mil anos. Foi responsável pela criação de um império religioso-científico eminente. Criadores de alguns princípios da matemática, da astronomia, da medicina e da agrimensura, os egípcios também foram desenvolvedores de um código linguístico incrivelmente complexo e  rico, os hieróglifos, a que demos uma rápida atenção no último post.

Permeada em uma atmosfera de fascínio e de mistério, e amparada sobre intensa efervescência cultural, principalmente promovida pelas lendas, floresceu a mitologia egípcia.

A mitologia dos egípcios agasalha as mais diversas divindades, as quais comumente podemos relacionar, em grau de similaridade, com outros panteões. O grego, por exemplo, apresenta variadas expressões mitológicas semelhantes às do Egito.  Preferimos, contudo, relembrar apenas as deidades consideradas “principais”, as mais significativas. Além disso, como dissemos, existem inúmeros deuses que foram criados e cultuados pelo povo. Muitas destas entidades cósmicas, porém, apresentam forças, virtudes ou falhas, arquétipos, enfim, semelhantes.

Há especulações que mencionam os atlantes como os criadores da mitologia do Egito (sabendo que a sua grande ilha iria sucumbir, os sábios deste povo, conhecido pelo mistério de seu desaparecimento e de sua possível super-tecnologia, enviaram a outra região entidades especiais, que, por sua vez, maravilhadas com o povo que vivia ao entorno do Nilo, decidiram lá se estabecer e ensinar a agricultura).

Outros, pensam se tratar os deuses do Egito Antigo, dos faraós da era pré-dinástica. Eles teriam governado com justiça, estabelecendo os limites do país e ensinando a civilização e a agricultura ao povo. Dessa crença, advém a ideia de  que é comum e correta a prática dos casamentos entre e os faraós e as rainhas ocorrerem muitas vezes entre irmãos. O  laço consanguíneo próximo, acreditava-se, purificava mais a união nobre e, os deuses também se casam entre irmãos. O casamento, portanto, elevava a condição humana.

Deuses egípcios (para algumas linhas de pesquisa os Neteru*)

Os deuses do princípio criador

Nun (as águas primordiais, a partir das quais todo o mundo foi engendrado; é a divindade ancestral) e Aton (o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus que gerou Shu, o ar, e Tefnut, a umidade).


Eneada – os nove principais

Amon – deus sol: o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós. É o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Seu culto data de 2000 a.C. Sob o nome de Amon-Rá é criador da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e .

Shu (deus do ar e da luz) e Tefnut (deusa da umidade e da graça): este casal constitui a sístole e a diástole universais e a atmosfera. Shu é a personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer o deus Sol, seu pai, bem como o faraó à vida ao alvorecer. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. É representado como o homem que segura Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra (seus filhos). Já Tefnut espera o sol libertar-se do oriente para recebê-lo. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade, também conhecida por afastar a fome. Este casal representa o “ritmo do universo”.

Get (a Terra) e Nut (o firmamento): Get é o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob corpo da esposa. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas, estimulando o mundo material dos indivíduos e lhes promovendo enterro no solo após a morte. Este deus umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso acima de sua fronte. Nut é deusa do céu que acolhe os mortos no seu reino. Com o seu corpo esbelto, ornamentado por estrelas, encarna a curvatura da abóbada celeste que se estende sobre o planeta. É como um carinhoso abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osíris, Ísis, Seth, Néftis e Hathor. Osíris e Ísis já se amavam no ventre da mãe e a perversidade de Seth evidenciou-se, logo ao nascer,  rasgando o ventre materno. Note-se, agora, uma disparidade com o mito de criação grego: Gaia (Géia) é a personificação feminina do planeta, mantendo um relacionamento de passividade com Urano, o céu (masculino).

Osíris (o deus do julgamento, dos mortos, pai e senhor de todo o Egito): sua gênese consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (como o céu, a terra, etc.). Há um mito que narra a ressurreição da vida relacionada com a cheia do Nilo, que mantém relacionamento com este deus. Osíris é morto, destruído e ressuscitado, relembrando, assim, a morte e a vida da vegetação e de todos os seres. Desta maneira, ele é o deus dos mortos e da ressurreição, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens  a civilização e a agricultura ao entorno do rio sagrado. Pensa-se ainda que seu mito teria similaridade com a história de Cristo.

Ísis (deusa mãe, protetora do Egito): resultado da união do material e do espiritual, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Reza a lenda que, após a morte de seu amado esposo, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os seus despojos, empenhando em trazê-lo de volta à vida. De sua pura união com ele, concebe um filho, Hórus.  Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da tessitura sócio-religiosa egípcia. Sua coroa memora um assento com espaldar (trono) que é o hieróglifo correspondente a seu nome nome. É importante dizer que o conceito da “imaculada concepção”  e de beleza exemplar advém de seu mito. Além de haver possível conexão entre o seu mito e o de Deméter (divindade grega).

Néftis (mãe terra e senhora dos mundos infernais): sempre acompanha Ísis no processo post mortem. Mesmo sendo esposa de Seth, ela permanece solidária à Ísis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do esposo defunto da irmã, por quem era apaixonada, e também toma a forma de um milhafre para velá-lo. Como Ísis, ela protege os mortos e os sarcófagos. É ainda na acompanha a Mãe do Egito e o sol nascente,  defendendo-o contra a terrível deusa serpente Apófis.

Seth (deus da maldade e da guerra): foi considerado Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos. Embora inicialmente fosse um deus de índole benfazeja, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal e da inveja. Era representado por um homem com a cabeça de Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. A pugna entre Osíris e Seth é  a representação da terra fértil contra a aridez do deserto.  Tinha apreço por alguns crocodilos do Nilo que personificavam os defeitos humanos, assim como os nossos medos. Em suma, Seth é o par antitético de seu irmão Osíris.

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* anjos de deus: as diversas facetas de um mesmo deus, criador de tudo.

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Em um próximo post, falaremos sobre as divindades superiores do Egito.

Até lá…

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Mitologia egípcia – uma introdução

Por: Nathaly Felipe Ferreira Alves

Este é o primeiro post que versará sobre a cultura egípcia da Antiguidade.

Abu Simbel

A civilização egípcia e sua grandiosidade encantaram os antigos, influenciando, ainda que, às vezes indiretamente, a cultura religiosa e científica dos gregos – berço da civilização ocidental – como alguns gostam de apontar. O fascínio exercido pelo Egito e seus mistérios tem, contudo, atraído muito atenção e consideração mesmo hodiernamente.

A história do Egito remonta a 3000 a. C., com o que os historiadores denominam de “as grandes dinastias”, período imperial em que o poder faraônico preponderava. Menes foi o primeiro faraó, importantíssimo ao império. Fundador da cidade de Menfis, Menes delimitou as fronteiras territoriais do país (que na Antiguidade, estendiam-se do Sudão atual até o Mar Mediterrâneo), bem como construiu templos destinados a Hórus, a Ísis e a Osíris.

Existe uma linha de pesquisa que crê em uma gênese mais antiga da civilização do Egito. Tal raciocínio alega que ela existiria desde o desaparecimento dos atlantes, atribuindo ao fenômeno a data de 12.000 atrás.

A soberania dos faraós se extinguiu em 525 a. C., ano em que o Egito foi incorporado ao Império Persa. A partir deste

Pedra de Roseta - encontrada na cidade de Roseta, no Egito, esta pedra contém a chave para a decifração dos hieróglifos (escritos sagrados). No final do século XIX, o francês Champollion, considerado o pai da Egiptologia, decifrou seu conteúdo a partir da comparação do copta com o demótico e grego antigo (idiomas encontrados na inscrição). A Roseta traz a mensagem de sacerdotes que elogiam a honradez e a probidade de uma faraó. Abaixo da mensagem, há uma instrução: a informação da pedra deve ser disseminada pelo mundo. Daí, advém a tradução em grego e demótico, para a sorte do francês Champollion.

 momento, a nação das pirâmides estava fadada a sofrer inúmeras invasões. Em 332 a. C., Alexandre Magno anexou o país à Grécia. O domínio grego durou cerca de 300 anos e foi responsável por uma intensa troca cultural, como se mencionou anteriormente.

Em 30 a. C, Roma e suas belicosas legiões invadiram o Egito, que permaneceu como província romana até 395 d. C. Mesmo ano em que o país passou ao domínio do Império Bizantino. Em 640 da nossa era, ocorreu a invasão árabe que perdurou até 1517 e redefiniu a religião dos egípcios até os dias atuais: a mensagem maometana tem vez e voz. Já em 1517, o Egito é subjugado ao poderio turco.

Mesmo Napoleão, grande admirador da cultura dos faraós, ocupou durante dois anos o país (após vencer os turcos em 1798). Em 1882, a Inglaterra conquistou o território egípcio, criando o “Protetorado Britânico”. Finalmente em 1953, é fundada a República do Egito.

Situado praticamente dentro do deserto do Saara, o Egito possui até hoje um verdadeiro presente dos deuses que permite à população viver a sua volta, assim como permitiu florescer a rica cultura das antigas dinastias: o rio da Vida, o Nilo (que, curiosamente, corre de Norte a Sul e não de Leste a Oeste, como se observa em outros rios).

Manancial infindável da imaginação, o Egito divide com a humanidade sua cultura intensa e reveladora. Em um futuro post, falaremos um pouco mais sobre o Mitologia dos Egípcios e da sua visão de mundo.

Até lá!

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Onde será que já vimos uma luta sangrenta e desumana pela posse de um anel malfazejo, cujas consequências funestas transtornam todo o mundo, por causa da ambição humana? Tudo isto fez parte da mitologia nórdica! Histórias de elfos, valquírias, sereias, anões... tudo provém dos nórdicos.

Por Nathaly Felipe Ferreira Alves

Própria dos povos pré-cristãos da Escandinávia e da Islândia, esta mitologia disseminou-se de maneira especial também na Alemanha. Os alemães configuram-se como os maiores divulgadores da vasta cultura nórdica, bem como de sua mitologia. Os vikings, por meio de sua voraz expansão marítima, também foram responsáveis pela difusão da cultura e mitologia nórdicas e, não por acaso, as histórias dos povos escandinavos instalaram-se consistentemente no ideário dos povos de língua inglesa, deixando suas peculiaridades em seu léxico, por exemplo. Os nomes dos dias da semanas nos países anglófonos derivam dos nomes dos deuses nórdicos. Peguemos como exemplo Thursday e Friday: o primeiro se refere ao “dia de Thor“; o segundo, é o “dia de Freya“.

O historiador e poeta islândes Snorri Sturluson (1179 – 1241) compilou grande parte do arsenal da mitologia de seu povo em um livro chamado Edda em Prosa. Nele, Sturluson chamava a atenção para as principais lendas que versavam sobre os deuses que a comunidade havia recentemente rechaçado (a obra é codificada cerca de 300 anos após a conversão da Islândia ao cristianismo). Houve também por parte do autor a preocupação em desenvolver um tratato sobre a arte poética, em que explicava o sistema métrico e metafórico dos escaldos (denominação dada aos membros de um grupo de  poetas da corte dos líderes da Escandinávia e Islândia durante a Era Viking que compunham e apresentavam suas interpretações sobre aspectos que, hoje, é conhecido como poesia nórdica antiga). Não obstante algumas destas lendas apresentarem eventos essencialmente trágicos, a maioria delas possuem cunho cômico, em especial aquelas em que os deuses  de Asgard (reino dos deuses) são as protagonistas. Não há como sabermos o quão cômicas eram as narrativas originais, ou até que ponto as lendas foram deformadas pelo prisma cristão de seu compilador (que poderia, em tese, ridicularizar de alguma maneira o “legado” dos deuses pagãos). As histórias cômicas são, contudo, as mais interessantes e representam ricamente a mitologia nórdica. Temas envolvendo jogos de enganação, Odin (Wotan), sua trupe e sua rixa eterna com os gigantes, a astúcia e geralmente a perversão de Loki, o grande mentiroso (em analogia à cultura cristã, representa a serpente, aquele que se rejubila em tramar contra os deuses, sempre às escuras, sempre rasteiro) permeiam estas histórias. Há variavelmente o sucesso de Odin e de seu bando, principalmente nas lendas em que se instala a comicidade e a violência nas possíveis disputas narradas.

Fonte de inspiração

A riquíssima mitologia nórdica é inspiração nítida do fantasioso universo literário do escritor inglês J. R. R. Tolkien. O escritor argentino Luis Borges também “bebeu da fonte” dos nórdicos, dedicando as kenningar ‘metáforas’ que leu da poesia islandesa. Wagner, compositor alemão, também utilizou muitas das essencialidades da estrutura composicional das lendas nórdicas para desenvolver suas composições.

Panteão nórdico e divindades correlatas

  • AdgirSenhor do Mar – Esposa: Ran
  • AesirRaça e Terra dos Deuses Guerreiros – Odin, Thor e Tyr
  • AlcisGêmeos, Deuses do Céu
  • AndhrímnirCozinheiro dos Deuses
  • AurvandilPersonagem menor do Skáldskaparmál

    Thor, filho de Odin (o senhor supremo de Asgard).

     

  • AsgaardCapital de Aesir
  • BalderDeus do Brilho, da Paz, do Renascer – Esposa: Nanna
  • BorrPai de Odin, Vili e Ve – Esposa: Bestla
  • BragiDeus da Poesia – Esposa: Iðunn
  • BúriMais antigo dos Deuses, pai de Borr
  • DagrDeus do Dia – filho de Delling (aurora) e Nótt (noite)
  • DellingDeus do Alvorecer – Pai de Dagr, com Nott
  • EirDeusa da Cura, da Medicina
  • ElliPersonificação da Velhice
  • ForsetiDeus da Justiça, Paz, Verdade – filho de Balder, com Nanna
  • FreyaDeusa da Fertilidade, Bem estar, Amor, Beleza, Mágica, Profecia, Guerra, Batalha, Morte – Marido: Óðr
  • FreyrDeus da Virilidade, Sol e Chuva – Esposa: Gerd
  • FriggDeusa do Casamento e da Maternidade – Marido: Odin
  • FullaAia de Frigg
  • FenrirFilho de Loki com a Gigante Angrboda Destinado a crescer e devorar Odin durante Ragnarök
  • GefjunDeusa da Fertilidade, dos Arados, recebe as Virgens mortas
  • HelaRainha do “Hel ou Niflhiem, o mundo dos Mortos
  • Heimdallr (Rígr) – um dos Æsir e Guardião do Reino de Asgard
  • HermódrFilho de Odin
  • HlínDeusa da Consolação
  • HöderDeus do Inverno, cego, matou Balder
  • HœnirDeus Silencioso, companheiro de Odin e de Loki
  • IðunnDeusa guardiã das Maças douradas da Juventude – Marido: Bragi
  • JörðDeusa da Terra – Mãe de Thot, com Odin
  • JötnarRaça de Gigantes
  • KvasirDeus da Inspiração, da Eloquência sábia
  • LofnDeusa do Amor
  • LokiDeus enganador, do Engodo, Mentira, Discórdia, Fogo – Esposa: Sigyn ou Saeter
  • MániDeusa da Lua
  • MímirTio de Odin; da Sabedoria
  • MagniFilho de Thor e Járnsaxa.
  • MeiliIrmão de Thor
  • MimingTroll das Florestas; Hoder matou Balder com a espada de Miming
  • Móbi ou MagniFilho de Thor
  • NannaUma Ásynja, esposa de Balder, mãe de Foresti
  • NehalleniaDeusa da Abundância
  • NerthusDeusa da Terra, ligada a Njord
  • NjördDeus do Mar, Vento, Peixes, Navios, Saúde
  • NornsAs três Deusas do Destino: Urd (Fado), Skuld (Futuro), Verdandi (Presente)
  • NóttDeusa da Noite, filha de Narvi, mãe de Auð (com Naglfari), Jörð (com Annar) e Dagr (com Delling)

    Thor, o deus mais poderoso de toda a Escandinávia, teve sua imagem utilizada pela Marvel e se tornou um herói das HQ's.

     

  • Odin (Wotan)Senhor de Æsir. Deus da Guerra, sabedoria, Poesia, Estudo – Esposa: Frigg.
  • Óttar – “Deus das Focas”
  • RanDeusa do Mar. dos Agogados – Marido: Adgir
  • SagaDivindade obscura, talvez a mesma
  • SifEsposa de Thor
  • SjöfnDeusa do Amor
  • SkadiDeusa do Inverno – Marido: Njord
  • SkirnirEscudeiro de Frey
  • Skuld(Futuro) uma das Norns, fica em Yggdrasill( a àrvore do Mundo).
  • SnotraDeusa da Prudência
  • Sol (Sunna)Deusa do Sol
  • Thor (Donar)Deus do Trovão, Céu, Batalha, Colheitas – Esposa: Sif
  • Týr (Ziu, Saxnot) – Deus da Guerra, da Justiça
  • UllrDeus das Habilidades, Caça, Duelo, filho de Sif e Thor
  • Urd(Fado) uma das Norns, fica em Yggdrasill (a àrvore do Mundo)
  • ValquíriasMulheres aliadas dos Deuses Guerreiros
  • VáliDeus da Vingança, filho de Odin
  • VanirRaça de Deuses benevolentes e da fertilidade – Njörðr, Freyja, Freyr
  • VarDeus a do Contrato
  • Um dos Deuses da Criação, com Odin e Vili, seus irmãos
  • Verdandi(Presente) uma das Norns, fica em Yggdrasill (a àrvore do Mundo)
  • Vidar Filho de Odin com a Gigante Gríðr, Matador de Lobo Fenvir.
  • ViliUm dos Deuses da Criação, com Odin e Vé, seus irmãos
  • VörDeusa da Sabedoria, da Verdade
  • ThrúdFilha de Thor e Sif

 

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Gaia é a matriz da maioria das culturas que denominamos indo-européias. Há, em todas as mitologias, a crença no “sagrado” na divindade da Terra, a “Grande-Mãe”.

Gaia 

Na mitologia grega, Gaia (Géia)  é a personificação divina da Terra (como elemento primitivo e latente de uma fecundidade devastadora e infindável). Segundo Hesíodo e sua Teogonia, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos e foi uma uma das primeiras habitantes do Olimpo. Como dissemos, sua potenciadade progenitora é tão intensa que, sem intervenção masculina, dá a luz a Urano (seu filho e esposo), às Montanhas e ao Mar. Casada com o Céu, a Terra gera também os Titãs e os Ciclopes.  Absolutamente tudo que cai em seu ventre fértil ganha vida.

Potência feminina:

Livre de nascimento ou destruição, de tempo e espaço, de forma ou condição, é o Vazio. Do Vazio eterno, Gaia surgiu dançando e girando sobre si como uma esfera em rotação. Ela moldou as montanhas ao longo de Sua espinha e vales nos buracos de Sua pele. Um ritmo de morros e planícies seguia Seus contornos. De Sua quente umidade, Ela fez nascer um fluxo de chuva que alimentou a Sua superfície e trouxe vida.

Criaturas sinuosas desovaram nas correntezas das piscinas naturais, enquanto pequenos filhotes verdes se lançaram através de seus poros. Ela encheu os oceanos e lagoas e fez os rios correrem através de profundos sulcos. Gaia observava suas plantas e animais crescerem. Então Ela trouxe à luz de Seu útero seis mulheres e seis homens.

Os mortais prosperaram ao longo do tempo, mas estavam continuamente preocupados com seu futuro. No início, Gaia pensou que era uma espantosa excentricidade de sua parte, contudo, vendo que sua preocupação com o futuro consumia algumas de suas crianças, Ela inaugurou entre eles um oráculo. Nos morros do local chamado Delfos, Gaia fez brotar vapores de Seu mundo interior. Eles subiram por uma fenda nas rochas, envolvendo uma sacerdotisa. Gaia instruiu-a a entrar em transe e interpretar as mensagens que surgiam da escuridão de sua terra-útero. Os mortais viajavam longas distâncias para consultar o oráculo: Será o nascimento do meu filho auspicioso? Será nossa colheita recompensadora? Trará a caça suficiente comida? Conseguirá minha mãe sobreviver a sua doença? Gaia estava tão comovida com sua torrente de ansiedades, que trouxe outros prodígios ao futuro para Atenas e o Egeu.

Incessantemente, a Mãe-Terra manifestou presentes em sua superfície e aceitou os mortos em seu corpo. Em retribuição ela era reverenciada por todos os mortais. Oferendas a Gaia de bolos e mel e cevada, eram deixados em pequenos buracos no chão à frente dos locais onde eram realizadas as colheitas. Muitos dos seus templos eram construídos próximo a pequenas fendas, onde anualmente os mortais ofereciam bolos doces através de seu útero, e do interior da escuridão do seu segredo, Gaia aceitava seus presentes.

A separação do Céu e da Terra

Urano, o senhor do Céu, temia de seus filhos o destronassem, de forma que prendia-os no Tártaro. Revoltada com essa ação mesquinha e cruel do esposo, Gaia decidiu armar um dos filhos, Kronos, com uma foice. No momento em que Urano fora unir-se à esposa, em um ciclo perene de criação, Cronos atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. O filho lançou às aguás marinhas os testículos do pai… Ainda assim, algumas gotas do líquido gerador divino recaíram sobre Gaia, que fertilizada, concebeu as divindades Erínias (as Fúrias).

gaia 1

 Significado mitológico:

Gaia, na mitologia clássica, personificava a origem do mundo, o triunfo e ordenamento do cosmos frente ao caos (ainda que sua fertilidade parecesse “caótica” devido a sua força primitiva). Manancial dos sonhos, a protetora da fecundidade é comumente relacionada à juventude.

Gaia Ciência:

O nome Gaia, ou Géia, é utilizado como prefixo para designar as diversas ciências relacionadas com o estudo do planeta. HáA mãe de todas as coisas uma teoria científica chamada “Teoria de Gaia” (1969) que empreende estudos relacionados a ramos da Biologia tais como a Ecologia e que afirma ser o planeta “um ser vivo”. Essa crença prevê a inter-relação dos organismos que manifestam-se em uma correlação infinita. Ainda segundo essa teoria, seria a própria Terra quem criaria suas condições de sobrevivência.

 

Friedrich Nietzsche também se dedicou a Gaia em Gaia Ciência (1882). Nesse livro, há a presença constante do afã de conhecimento do mundo e a obra traz à luz a discussão sobre as Artes (o nome Gaia, nesse caso, é uma lembrança às origens da poesia provençal medieva e significa “feliz”).

 

Fonte de “Potência Feminina”: http://www.geocities.com/eros_x111/t-gaia.htm

 

♦Nathaly Felipe Ferreira Alves♦

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