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Posts Tagged ‘Cultura’

Por: Nathaly Felipe Ferreira Alves


A civilização egípcia  que se manteve ativa por mais de três mil anos. Foi responsável pela criação de um império religioso-científico eminente. Criadores de alguns princípios da matemática, da astronomia, da medicina e da agrimensura, os egípcios também foram desenvolvedores de um código linguístico incrivelmente complexo e  rico, os hieróglifos, a que demos uma rápida atenção no último post.

Permeada em uma atmosfera de fascínio e de mistério, e amparada sobre intensa efervescência cultural, principalmente promovida pelas lendas, floresceu a mitologia egípcia.

A mitologia dos egípcios agasalha as mais diversas divindades, as quais comumente podemos relacionar, em grau de similaridade, com outros panteões. O grego, por exemplo, apresenta variadas expressões mitológicas semelhantes às do Egito.  Preferimos, contudo, relembrar apenas as deidades consideradas “principais”, as mais significativas. Além disso, como dissemos, existem inúmeros deuses que foram criados e cultuados pelo povo. Muitas destas entidades cósmicas, porém, apresentam forças, virtudes ou falhas, arquétipos, enfim, semelhantes.

Há especulações que mencionam os atlantes como os criadores da mitologia do Egito (sabendo que a sua grande ilha iria sucumbir, os sábios deste povo, conhecido pelo mistério de seu desaparecimento e de sua possível super-tecnologia, enviaram a outra região entidades especiais, que, por sua vez, maravilhadas com o povo que vivia ao entorno do Nilo, decidiram lá se estabecer e ensinar a agricultura).

Outros, pensam se tratar os deuses do Egito Antigo, dos faraós da era pré-dinástica. Eles teriam governado com justiça, estabelecendo os limites do país e ensinando a civilização e a agricultura ao povo. Dessa crença, advém a ideia de  que é comum e correta a prática dos casamentos entre e os faraós e as rainhas ocorrerem muitas vezes entre irmãos. O  laço consanguíneo próximo, acreditava-se, purificava mais a união nobre e, os deuses também se casam entre irmãos. O casamento, portanto, elevava a condição humana.

Deuses egípcios (para algumas linhas de pesquisa os Neteru*)

Os deuses do princípio criador

Nun (as águas primordiais, a partir das quais todo o mundo foi engendrado; é a divindade ancestral) e Aton (o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus que gerou Shu, o ar, e Tefnut, a umidade).


Eneada – os nove principais

Amon – deus sol: o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós. É o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Seu culto data de 2000 a.C. Sob o nome de Amon-Rá é criador da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e .

Shu (deus do ar e da luz) e Tefnut (deusa da umidade e da graça): este casal constitui a sístole e a diástole universais e a atmosfera. Shu é a personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer o deus Sol, seu pai, bem como o faraó à vida ao alvorecer. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. É representado como o homem que segura Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra (seus filhos). Já Tefnut espera o sol libertar-se do oriente para recebê-lo. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade, também conhecida por afastar a fome. Este casal representa o “ritmo do universo”.

Get (a Terra) e Nut (o firmamento): Get é o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob corpo da esposa. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas, estimulando o mundo material dos indivíduos e lhes promovendo enterro no solo após a morte. Este deus umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso acima de sua fronte. Nut é deusa do céu que acolhe os mortos no seu reino. Com o seu corpo esbelto, ornamentado por estrelas, encarna a curvatura da abóbada celeste que se estende sobre o planeta. É como um carinhoso abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osíris, Ísis, Seth, Néftis e Hathor. Osíris e Ísis já se amavam no ventre da mãe e a perversidade de Seth evidenciou-se, logo ao nascer,  rasgando o ventre materno. Note-se, agora, uma disparidade com o mito de criação grego: Gaia (Géia) é a personificação feminina do planeta, mantendo um relacionamento de passividade com Urano, o céu (masculino).

Osíris (o deus do julgamento, dos mortos, pai e senhor de todo o Egito): sua gênese consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (como o céu, a terra, etc.). Há um mito que narra a ressurreição da vida relacionada com a cheia do Nilo, que mantém relacionamento com este deus. Osíris é morto, destruído e ressuscitado, relembrando, assim, a morte e a vida da vegetação e de todos os seres. Desta maneira, ele é o deus dos mortos e da ressurreição, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens  a civilização e a agricultura ao entorno do rio sagrado. Pensa-se ainda que seu mito teria similaridade com a história de Cristo.

Ísis (deusa mãe, protetora do Egito): resultado da união do material e do espiritual, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Reza a lenda que, após a morte de seu amado esposo, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os seus despojos, empenhando em trazê-lo de volta à vida. De sua pura união com ele, concebe um filho, Hórus.  Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da tessitura sócio-religiosa egípcia. Sua coroa memora um assento com espaldar (trono) que é o hieróglifo correspondente a seu nome nome. É importante dizer que o conceito da “imaculada concepção”  e de beleza exemplar advém de seu mito. Além de haver possível conexão entre o seu mito e o de Deméter (divindade grega).

Néftis (mãe terra e senhora dos mundos infernais): sempre acompanha Ísis no processo post mortem. Mesmo sendo esposa de Seth, ela permanece solidária à Ísis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do esposo defunto da irmã, por quem era apaixonada, e também toma a forma de um milhafre para velá-lo. Como Ísis, ela protege os mortos e os sarcófagos. É ainda na acompanha a Mãe do Egito e o sol nascente,  defendendo-o contra a terrível deusa serpente Apófis.

Seth (deus da maldade e da guerra): foi considerado Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos. Embora inicialmente fosse um deus de índole benfazeja, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal e da inveja. Era representado por um homem com a cabeça de Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. A pugna entre Osíris e Seth é  a representação da terra fértil contra a aridez do deserto.  Tinha apreço por alguns crocodilos do Nilo que personificavam os defeitos humanos, assim como os nossos medos. Em suma, Seth é o par antitético de seu irmão Osíris.

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* anjos de deus: as diversas facetas de um mesmo deus, criador de tudo.

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Em um próximo post, falaremos sobre as divindades superiores do Egito.

Até lá…

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As prateleiras de livros em bibliotecas e sebos assemelham-se a labirintos, numa desorganização convidativa.

Quando há vários livros juntos, empilhados, ou lado a lado, sinto uma ideia de tontura, de tanto conteúdo que deve haver ali. Mas o labirinto que mais me impressiona é aquele em que a gente se perde voluntariamente: os dicionários, ou antologias lexicográficas, como gosto de chamar.

Aprendi a gostar de ler em dicionários e enciclopédias, e convido vocês à prisão que um dicionário pode representar. Funciona assim: você pega um desses (quanto mais páginas houver, mais arriscada é a aventura), e abre aleatoriamente. Exemplo:

em.bi.lo.car
vint 1 Barafustar. vtd 2 Meter.

Você procura uma palavra (ah, as palavras) neste instrumento que, em tese, deveria elucidar, e acaba comprometido a esclarecer uma dúvida que ele próprio te trouxe. Vou pesquisar este termo que apareceu em vermelho, olha só:

ba.ra.fus.tar
vti 1 Entrar violenta ou precipitadamente. vti 2 Dirigir-se, saltar (para algum lado). vint 3 Agitar-se desordenadamente; bracejar, debater-se, espernear, estrebuchar. vint 4 Afanar-se, lidar.

Apesar de já deduzir o significado, impossível manter-se inerte frente a alguns desses verbetes, isso quando o amigo que você tem em mãos não te seduz a outras músicas. Eis que os olhos passeiam por outros verbetes, até que encontro um, na mesma página, que apreende minha atenção:

ba.rag.no.se
sf (bari1+agnós, que não reconhece+ ose, com haplologia) Patol Incapacidade de sentir o peso dos objetos e de compará-los com outros.

E aí temos n possibilidades ante a situação, entre as quais:

1. não contentarmo-nos com a definição reducionista que o dicionário traz, buscando aprofundar o conhecimento em enciclopédias ou livros de referência sobre o assunto, sem jamais sair da biblioteca em que estamos;

2. deixar os olhos passearem por outras palavras, mantendo a insaciedade de curioso inveterado;

3. procurar o significado de haplologia, retomando o ciclo infinito;

4. entregar a situação ao azar novamente, sorteando outra página do dicionário para procurar mais e mais palavras desconhecidas, interessantes, ou bonitas.

Todas elas, é claro, provam que o dicionário é um ótimo lugar para se perder. A opção menos acertada seria fechar definitivamente as folhas, com as duas mãos, num gesto brusco e violento – devolvendo-me à realidade da vida, onde estas palavras dicionarizadas acontecem com os fatos.

Para amadores, recomendo o de bolso (que não cabe no bolso). O grande Houaiss é para corajosos, os que não temem perder uma tarde inteira, nem os músculos do braço, de tão pesado que ele é (recomendo escorá-lo às pernas). As enciclopédias são mais perigosas: elas ameaçam não te trazer de volta jamais, te tiram noites de sono, fazem sua vida se tornar dupla: a vida dos fatos e a das páginas. Resta definir qual a mais interessante.

Lucas de Sena Lima

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Elvis Presley

Elvis Presley em sua apresentação história - Hollywood, 1956

1956 para o Ocidente, 5716 no Calendário Hebraico, ou 1376 para o Islâmico.
Se você ligasse o rádio pode ser que ouvisse Sinatra. Quem governava o Brasil era Kubitschek, no seu primeiro ano dos 5 em que prometia modernizar o Brasil.

Morria Brecht, deixando o seu teatro. Por aqui se encenava o Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. Nelson Rodrigues já era o grande dramaturgo. Nelson Gonçalves, o grande cantor.

Nos EUA, o The Million Dollar Quartet – Elvis Presley, Carl Perkins, Jerry Lee Lewis e Johnny Cash – gravavam o seu disco. Mal sabiam que, juntos, valeriam milhões de dólares anos depois.

Jorge Luis Borges tornava-se professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Allen Ginsberg publicava o poema “Uivo” iniciando a Geração Beat.

Patativa do Assaré publica seu primeiro livro, Inspiração nordestina. João Cabral publica seu auto Morte e vida severina.

Um ano bem agitado para a cultura, no meio da Guerra Fria, o apogeu da civilização e da cultura, aquelas coisas. Começava-se a encenar uma possibilidade de bossa nova. Formava-se a banda The Beatles, dos amigos John e Paul. Astrônomos provavam que o universo havia surgido mediante uma grande explosão, o Big Bang. O homem ainda não havia ido à Lua.Progaganda RCA 1956

Bernardo Élis publicava O Tronco, já João Guimarães Rosa emendava duas bombas atômicas na literatura brasileira – Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile. Uma tremenda brutalidade, como se observa. Somando a isto o lançamento de O Encontro Marcado, de Fernando Sabino, mais Boca do Inferno, de Otto Lara Resende, dá para anotar o ano de 1956 como uma demarcação na história da literatura brasileira. A superação do neo-realismo ficcional, a ascensão de novos anseios.

Na França, Albert Camus publicava A Queda. Um ano após, ganharia o Prêmio Nobel de Literatura. Mas em 1956 quem levou a láurea foi o poeta Juan Ramón Jiménez.

DMK modelo 1956 ipiranga Vemag

Carro DMK-Vemag modelo 1956, o primeiro da categoria a ser fabricado no Brasil, no bairro do Ipiranga. Hoje no bairro há uma rua com o nome da fabricante Vemag.

Erich Fromm publicava A Arte de Amar. Octavio Paz lançava novas bases para a leitura das artes poéticas com O Arco e a Lira – uma crítica literária celebrativa, tão poética quanto o próprio objeto de estudo. Paz provava que, para falar de poesia, deve-se responder à altura.

Um ano daqueles que não sabemos quando haverá outro, tão movimentado de coisas & fatos. Daqueles que dá saudade, mesmo sem ter nascido na época.

Lucas de Sena Lima

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Boa Viagem!!!

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo*
Por Paula Cristina

Se há algo que nos encanta, esse algo é o passado e seu mistério contido em cada ruína, cada pedra, cada poeira. É por isso que não é de duvidar que as Sete Maravilhas do Mundo Antigo sejam motivos de vislumbramentos de milhares de pessoas. Muitas informações nos chegaram meio que “amassadas”, feito um quebra-cabeças e a resposta é o sublime encanto. O que temos são registros, falas de outrem, suposições, mas ninguém sabe ao certo o que foram, como eram e o que aconteceu: tudo é um grande mistério.
O ser humano deixa-se levar pela mágica do oculto. Mergulhar em buscas de respostas pode ser uma longa e infinita viagem…,mas que pode valer a pena.

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo são:
1) A Grande Pirâmide de Gizé
2) Os Jardins Suspensos da Babilônia
3) A Estátua de Zeus em Olímpia
4) O Templo de Ártemis em Éfeso
5) O Mausoléu de Halicarnasso
6) O Colosso de Rodes
7) O Farol de Alexandria

Vale ressaltar que esta lista só foi estabelecida apenas durante o Renascimento, a época em que o passado assume total importância e estudiosos almejam alcançar a origem, a essência das coisas.

As Pirâmides

As Pirâmides de Gizé

As Pirâmides de Gizé

As pirâmides são comumente tratadas como ambientes funerários de grandes faraós. Mas há muitos mistérios na Grande Pirâmide de Gizé… Muitos falam da energia que lá se encontra, do sistema perfeito de ventilação, das inscrições nas paredes, da polegada piramidal e o maior de todos os maravilhamentos: como foram construídas?

A Grande Pirâmide ou Kéolps até o século XIX foi a mais alta construção do mundo! (perdendo apenas para a Torre Eiffel, França). Ou seja, há mais de 4 mil anos, mesmo sem a “tecnologia moderna”, ela ainda se mantém secretamente como o grande monumento de todos e, sem duvida, um dos mais intrigantes também.
Há registros, como o Papiro Real de Turim, que informam que a pirâmide demorou cerca de 23 anos para ser construída, e sabe-se hoje que seu peso total é de 6 milhões de toneladas e a altura corresponde a um edifício de 40 andares.
Uma das entradas da Grande Pirâmide está voltada para o norte, de frente para as estrelas polares, como manda a tradição religiosa do Reino Antigo. Para alguns estudiosos, essa “tradição religiosa” não estaria ligada aos rituais funerários, mas a uma espécie de iniciação, ligada à evolução do ser humano.
Na visão destes, ela é a chave da história do passado e do futuro do mundo. Assim diz um antigo provérbio árabe: “O homem teme o Tempo, mas o Tempo teme as pirâmides”.

 

Os Jardins

Os jardins em homenagem à esposa de  Nabucodonosor

Os jardins em homenagem à esposa de Nabucodonosor

Atualmente, a região da Babilônia é o Iraque. O reino da Babilônia ficou conhecido durante o reinado de Hamurabi, que formulou Código de Leis guardado hoje no Museu do Louvre. Uma das leis é “Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então aquele que enganou deverá ser condenado à morte”. Já imaginou como seria nos nossos tempos essa lei?

jardins%20da%20babilonia1Os belos jardins são atribuídos ao rei Nabucodonosor, que teria feito os jardins para a esposa, que trouxera de Media. As informações que temos dos jardins são registros de historiadores gregos que relataram sobre o que ouviam dos jardins. Um deles é Berossus, que nos diz que no jardim Nabucodonosor havia pedido que plantassem todos os tipos de plantas e a arquitetura deveria parecer-se com uma montanha. Daí, falarmos em jardins suspensos, pois o terreno cultivado ficava acima das cabeças dos curiosos. Não há registros de quando os jardins teriam sido destruídos.

 

Zeus

Zeus ou Júpiter é quem impera em Olímpia, local de veneração dos gregos. Região também de muitas competições de atletismo

zeusA estátua foi construída por Fídias em V aC, que segundo Cícero – orador romano I AC, tinha visão perfeita para a beleza e conseguiu, portanto, esculpir o próprio deus.
Zeus foi retratado sentado com 12m de altura com a cabeça quase encostada no teto, dando a impressão de que o templo desmoronaria, caso Zeus se enfurecesse e resolvesse se levantar. Tal arte revela o tamanho da admiração que o povo mantinha pelo grande-deus.
Em 462 dC, a estátua foi destruída devido ao incêndio em Constantinopla (local em que a estátua foi transportada). É comum atribuir o incêndio de Constantinopla á fúria de Zeus.

 

Ártemis ou Diana
Éfeso é a atual Turquia. O templo foi construído em homenagem à deusa da caça em 550 aC. Suas 127 colunas eram imperiosas e no templo aconteciam rituais. Foi destruído pelos ostrogodos em 262 dC, restando apenas ruínas.

Templo de Ártemis (ou Diana)

Templo de Ártemis (ou Diana)

 

 

O Mausoléu

Mausol%C3%A9u+de+HalicarnassoO Mausoléu de Halicarnasso era o monumento funerário de Mausolo. Era um monumento belíssimo e que fora esculpido por quatro artistas: Scopas no lado leste, Bryaxis no norte, Timoteus no sul e Leocares no oeste.
Alguns estudiosos atribuem a Artemísia a grande obra. Ela teria solicitado que construíssem um requintado mausoléu para seu irmão-marido.
(Há dúvidas, entre os historiadores, se Mausolo teria sido seu irmão ou não).

 

 

Rodes

Hélios, o deus-sol

Hélios, o deus-sol

A gigante estátua de Hélios, o deus-sol fora colocado em Rodes, esculpida por Chares, de Lindos. A ilha de Rodes era um ponto de encontros marítimos e foi por muito tempo dividida em 3 territórios: Talysos, Lindos e Kamiros.rodes
Em 408 aC as cidades se uniram para construir uma capital comum: Rodes.
Os rodienses muito se esforçaram para ver o deus-sol brilhar onipotente no céu, mas em 226 aC um terrível terremoto abalou toda a cidade e fez ruir o Colosso.
Por isso, em muitas ilustrações, vemos a cabeça de Hélios caída no terreno perto ao mar.

 

O Farol

Farol de Alexandria

Farol de Alexandria

Alexandre, o Grande, ao chegar na ilha de Pharos ordenou que fosse construída uma nova cidade, Alexandria.
Foi construído em frente ao porto de Alexandria (cidade que muito alimenta nossa curiosidade com sua fantástica biblioteca), por volta de 297aC.
O fantástico de se saber é que a luz era fornecida por uma enorme fogueira e a “luz” provida da fogueira era refletida através de espelhos colocados em locais específicos.
O farol foi tão importante que foi representado em dracmas, unidade monetária e moeda da Grécia.
Havia três andares: a base, o segundo onde no topo podia se ver tritões soprando suas trompas e no último Zeus Soter segurando um cetro.

A famosa biblioteca sofreu um incêndio “acidental” quando Julio César tomou Alexandria, e em 391 foi novamente incendiada por cristãos.

Os terremotos de 956, 1303 e 1323 acabaram por destruir o grandioso farol, que deveria medir cerca de 117 metros.
Há estudiosos que dizem que o farol foi completamente destruído com o terremoto em 1303 por causa de um manuscrito conservado no monastério de Montpellier, afirmando que em 08 de Agosto de 1303 nada mais havia do Farol de Alexandria.

Espera-se que essa viagem ao passado possa despertar a vontade de se estudar tais mistérios e buscar as grandes perguntas que ainda hoje persistem, e mais, a de olhar para a planície de Gizé e lembrar: “O homem teme o Tempo, mas o Tempo teme as pirâmides”, pois dentre as maravilhas do mundo antigo foi a única que venceu o tempo e os desastres.

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* Recomendo para essa viagem o livro As Sete Maravilhas do Mundo Antigo, de Peter A Clayton e Martin J Price, publicado em 2003 pela Ediouro e traduzido por Maria Inês Duque Estrada.
Outras recomendações: – O poder secreto das pirâmides, Bill Schul e Ed Pettit. Editora Record.
O poder psíquico das pirâmides, Bill Schull e Ed Pettit. Editora Record.
As Sete Maravilhas do Mundo Antigo – Fontes, Fantasias e Reconstituições”, lançado pela Edições 70 (Coimbra), org. por José Ribeiro Ferreira e Luísa de Nazaré Ferreira.

 

PAULA CRISTINA

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